terça-feira, 13 de março de 2012

ABISMO DE ROSAS (VALSA)

Abismo de rosas (valsa, 1925
Canhoto/Letra de João do Sul 
Intérprete: Garoto (solo violão)
Ao amor em vão fugir / Procurei / Pois tu
Breve me fizeste ouvir / Tua voz, mentira deliciosa
E hoje é meu ideal / Um abismo de rosas
Onde a sonhar / Eu devo, enfim, sofrer e amar !

Mas hoje que importa / Se tu'alma é fria
Meu coração se conforta / Na tua própria agonia
Se há no meu rosto / Um rir de ventura
Que importa / o mudo desgosto
De minha dor assim, / Sem fim

Se minha esperança / O que não se alcança
Sonhou buscar / Devo calar
Hoje, meu sofrer / E jamais dele te dizer
O amor se é puro / Suporta obscuro
Quase a sorrir / A dor de ver,
A mais linda ilusão morrer.

Humilde, bem vês que vou,/ A teus pés levar,
Meu coração que jurou,/ Sempre ser, amigo e dedicado,
Tenha, embora, que viver, / Neste sonho enganado,
Jamais direi, / Que assim vivi, porque te amei !


Nenhum comentário:

Postar um comentário